A forma que enxergamos o mundo e as pessoas refletem diretamente em nossa vida. Ampliar nossa visão significa compreender melhor o mundo que vivemos, respeitar cada pessoa com suas virtudes e defeitos, lidar com naturalidade com os que são diferentes de nós e agirmos sempre conforme nossa essência e nossos valores. Não limitemos nossa visão através de preconceitos. A vida é muito mais complexa, bela e rica do que qualquer um pode imaginar!!!
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Realidade e Percepções
O real não é aquilo que se pensa, se sente ou se vê.
O real é o que é, mas, para percebê-lo claramente, é necessário tirar os óculos da arrogância.
Cada um vê o que quer.
É muito fácil enganar-se: basta querer ver e acreditar sem discernir, basta ser cego de consciência.
Pelos frutos, a árvore é conhecida. Pelos pensamentos, revela-se o espírito; pelas cores de suas energias, o seu estado íntimo; pelos seus atos, o caráter e a maturidade. Pela intuição, é possível sentir e saber o que o intelecto não é capaz de descobrir.
O coração também ensina, mas o arrogante nunca escuta.
Ramakrishna ensinou: “De que adianta a uma pessoa sua vestimenta luxuosa, se os seus pensamentos são medíocres?”Isso é verdade!
Como dizia Eça de Queiróz: “Corpo é vestido, alma é pessoa”. Cada um é o que pensa.
O que está no coração é o que a pessoa é! Pelo fruto se conhece a árvore.Pelo brilho nos olhos se conhece o espírito.Resumindo: Use o discernimento e a intuição.
Alguém chancelado pela Espiritualidade Superior sempre estará com os olhos brilhando ao falar do que ama - e sempre estará feliz por ser um canal de Luz no mundo. Mas, cuidado! Tal pessoa parecerá normal demais.Seu grau iniciático está em sua Luz, não em algum templo.
E ela nunca se considerará mestre de coisa alguma, pois sabe que é eterno neófito da vida.
Medite: em lugar de procurar alguém assim, que tal tornar-se alguém assim?
Então, suas dúvidas desaparecerão, e seus olhos brilharão como nunca.
por Wagner Borges
Uma lenda chinesa
Era uma vez, uma jovem chamada Lin, que se casou e foi viver com o marido na casa da sogra. Depois de algum tempo, começou a ver que não se adaptava à sogra. Os temperamentos eram muito diferentes e Lin cada vez se irritava mais com os hábitos e costumes da sogra, que criticava cada vez com mais insistência.
Com o passar dos meses, as coisas foram piorando, a ponto de a vida se tornar insuportável. No entanto, segundo as tradições antigas da China, a nora tem que estar sempre ao serviço da sogra e obedecer-lhe em tudo. Mas Lin, não suportando por mais tempo a ideia de viver com a sogra, tomou a decisão de ir consultar um Mestre, velho amigo do seu pai.
Depois de ouvir a jovem, o Mestre Huang pegou num ramalhete de ervas medicinais e disse-lhe: "Para te livrares da tua sogra, não as deves usar de uma só vez, pois isso poderia causar suspeitas. Vais misturá-las com a comida, pouco a pouco, dia após dia, e assim ela vai-se envenenando lentamente. Mas, para teres a certeza de que, quando ela morrer, ninguém suspeitará de ti, deverás ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade. Não discutas e ajuda-a a resolver os seus problemas."
Lin respondeu: "Obrigada, Mestre Huang, farei tudo o que me recomenda".
Lin ficou muito contente e voltou entusiasmada com o projecto de assassinar a sogra.
Durante várias semanas, Lin serviu, dia sim dia não, uma refeição preparada especialmente para a sogra. E tinha sempre presente a recomendação de Mestre Huang para evitar suspeitas: controlava o temperamento, obedecia à sogra em tudo e tratava-a como se fosse a sua própria mãe. Passados seis meses, toda a família estava mudada. Lin controlava bem o seu temperamento e quase nunca se aborrecia. Durante estes meses, não teve uma única discussão com a sogra, que também se mostrava muito mais amável e mais fácil de tratar com ela. As atitudes da sogra também mudaram e ambas passaram a tratar-se como mãe e filha.
Certo dia, Lin foi procurar o Mestre Huang, para lhe pedir ajuda e disse-lhe: "Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha sogra. É que ela transformou-se numa mulher agradável e gosto dela como se fosse a minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que lhe dou."
Mestre Huang sorriu e abanou a cabeça: "Lin, não te preocupes. A tua sogra não mudou. Quem mudou foste tu. As ervas, que te dei, são vitaminas para melhorar a saúde. O veneno estava nas suas atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho que lhe começaste a dedicar. "
Na China, há um provérbio que diz: "A pessoa que ama os outros também será amada".
Os árabes têm outro que diz: "O nosso inimigo não é aquele que nos odeia, mas aquele que nós odiamos."
Desconheço o autor
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Não olhe para trás
Caminhando pela vida há sempre aqueles dias quando as decisões têm que ser tomadas, quando as escolhas são difíceis, as soluções parecem poucas e parece que chuvas impedem a sua marcha.
Há algumas situações em que tudo que você pode fazer é simplesmente deixar que elas aconteçam e prosseguir, reunindo forças, escolhendo outras direções que possam levá-lo a uma nova aurora.
É a hora de empacotar seus problemas e dar um passo à frente. O processo de mudança pode ser duro, mas pense na alegria que está mais adiante, se você puder ser suficientemente corajoso.
Pode haver aventuras que você nunca imaginou apenas esperando na próxima curva; desejos e sonhos bem perto da realização em formas que você ainda não pode entender.
É possível que você encontre novas amizades que farão florir novos interesses assim que você sair dessa rotina. E poderá aprender que a vida oferece muitas opções e muitas formas de crescimento.
Talvez venha a conhecer lugares que nunca imaginou e veja coisas que você nunca viu ou viaje para maravilhosos e distantes mundos, pegando promissores atalhos pelo caminho.
Talvez você encontre calor, afeto e carinho, talvez um
"alguém especial" que lá está para ajudá-lo a se encontrar, ouvindo com interesse as histórias e os sentimentos que você quer compartilhar.
Talvez você se conforte ao saber que há amigos que o apóiam em tudo o que você faz e acredite que, seja qual for a sua decisão, eles serão a escolha certa para você.
Então vá dando um passo de cada vez, vivendo a vida um dia de cada vez. Há um dia mais brilhante lá no fim da estrada!
Não olhe para trás: você não está indo nessa direção!
por Silvia Schmidt
Pensar é transgredir
Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.
Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.
Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"
O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.
Sem ter programado, a gente pára pra pensar.
Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.
Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.
por Lya Luft
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